Mulheres
estão mostrando sua força
Pelo Dia Internacional da Mulher, fazemos uma homenagem a todas as mulheres que, com muita batalha, estão ficando cada vez mais poderosas.
Com
seu jeitinho compreensivo, mas também com muita força e determinação, as mulheres
vêm ganhando poder no mundo todo. Só este ano, duas foram eleitas presidentes
de seus países: Michele Bachelet no Chile, e Ellen Sirleaf na Libéria, uma nação
da África. No final do ano passado, a Alemanha também escolheu uma mulher, Ângela
Merkel, para comandar o país. E nos Estados Unidos, os nomes mais fortes que
aparecem para substituir o presidente George Bush são femininos: Hillary Clinton
e Condolessa Rice.
O que todas essas mulheres têm em comum é uma história de lutas e batalhas. A nova presidente do Chile, Michele Bachelet, é médica, tem 54 anos e chegou ser torturada na época em que fazia oposição aos militares que comandavam seu país. Depois de uma promessa de campanha e escolheu como ministros dez mulheres e dez homens.
A mulher que se tornou presidente da Libéria, Ellen Sirleaf, tem uma história parecida: com 67 anos, negra (como a maioria dos habitantes de seu país), ela também já foi presa e até expulsa de sua terra, em 1985, por lutar contra o governo da época.
O Brasil nunca teve uma presidente, mas, em compensação, cada vez mais as mulheres estão ocupando cargos importantes na política: são 44 deputadas federais, nove senadoras, duas governadoras (uma no Rio de Janeiro e outra no Rio Grande do Norte) e seis vice-governadoras. Isso sem contar as ministras Dilma Rousseff, que coordena a Casa Civil, e Marina Silva, que cuida do Meio Ambiente.
Mas não é só na política que as brasileiras estão mostrando seu valor. Elas estão dando uma virada na vida, voltando para a escola e, cada vez mais, trabalhando fora de casa. No ano 2001, 11% das mulheres com mais de dez anos não sabiam ler e escrever. Quatro anos mais tarde, esse número já tinha caído para 10%. Além disso, o número de mulheres matriculadas em faculdades cresceu 22% mais do que o total de homens, nos últimos 13 anos.
No mundo do trabalho, o avanço também vem sendo muito rápido. Nos últimos dez anos, dobrou o número de mulheres presidentes e gerentes de empresas. Além disso, dos mais de 93 milhões de mulheres que existiam no País em 2004 (quando foi feita a última contagem), quase a metade trabalhava fora. E das que tinham um emprego, 93,6% também cuidavam das tarefas da casa. Outra informação que mostra a força feminina é que um terço dos lares brasileiros é sustentado por mulheres, muitas delas viúvas e com mais de 60 anos.
Um estudo realizado no Rio Grande do Sul diz que as mulheres estão alcançando o sucesso e conseguindo mostrar seu valor no mundo do trabalho porque são muito boas para realizar tarefas que exijem concentração. Além disso, elas têm mais disposição do que os homens para assumir trabalhos temporários, que surgem em determinadas épocas do ano (como vendedora de lojas no período do Natal, por exemplo) ou que precisem de dedicação maior durante algumas horas do dia, que é o caso das faxinas. Segundo a pesquisa, as mulheres também têm mais facilidade para assumir ao mesmo tempo o emprego e as responsabilidades com a casa, porque não querem ficar muito tempo longe dos filhos.
VOCÊ SABIA? |
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No Brasil, as mulheres representam 51,3% da população. • Elas vivem em média 75,2 anos, enquanto os homens chegam em média aos 67,6 anos de idade. • Um terço das residências brasileiras é sustentado por mulheres. • Quase metade das mulheres do País trabalhava fora de casa em 2004. • Das que trabalhavam fora, 93,6% também cuidavam das tarefas do lar. |
O Dia Internacional
da Mulher foi criado em 1910 para chamar a atenção sobre
o valor das mulheres e a importância de seu papel para o desenvolvimento
da sociedade. Ele é comemorado em todo o mundo em 8 de março
porque nessa data, em 1857, as operárias de uma indústria
de tecidos dos Estados Unidos que estavam em greve foram fechadas dentro
da fábrica, que acabou pegando fogo. Por causa disso, 130 mulheres
morreram queimadas. Elas estavam em greve porque, em vez de trabalhar
16 horas por dia, lutavam para trabalhar dez horas. |
Fonte: Jornal CompreBem - Março/2006 - Página 8